O Plâncton é formado por organismos uni ou
pluricelulares, em sua grande maioria microscópica, que flutuam com
pouca capacidade de locomoção nos oceanos e mares, na superfície de
águas salobras, doces ou lagos. Alguns invertebrados, as medusas e o Krill são exemplos de plânctons macroscópicos, ou seja, podem ser vistos a olho nu. O plâncton é a base da cadeia alimentar do ecossistema aquático.
Plâncton é uma palavra de origem grega (plagktós), que
significa errante. O fato dos plânctons não terem um efetivo poder de
locomoção, ou seja, de flutuarem à deriva pelas águas, portanto de forma
“errante”, justifica seu nome.
O plâncton pode ser classificado da seguinte forma (Yoneda, 1999):
- Fitoplâncton – Microalgas fotossintetizantes;
- Zooplâncton – animais microscópicos e larvas de inúmeras espécies;
- Bacterioplâncton – organismos procariontes autótrofos e heterótrofos;
- Protozooplancton – protistas;
O plâncton é encontrado, geralmente, na zona costeira de mares e
oceanos, a alguns metros da superfície. Via de regra, formam camadas que
podem ter quilômetros de comprimento, mas geralmente têm apenas alguns
metros de espessura. A forma como as camadas de plânctons são formadas e
qual a função de tais camadas era um mistério até a publicação dos
resultados da pesquisa de Roman Stocker , William M. Durham e John O.
Kessler na revista Science.
Segundo Fountain (2009), citando os resultados dessa pesquisa, “os
organismos unicelulares tendem a se deslocar em direção à superfície
durante o dia, e para o fundo à noite. Se a água está parada, eles
apenas vão para cima e para baixo”. No entanto, sob as forças das correntes marítimas,
os plânctons tendem a se deslocar em uma direção inclinada, ou em casos
de correntes mais fortes, tendem a cair e girar. Segundo Fountain
(2009), os resultados da pesquisa indicam que “por não estar mais se
deslocando para cima, o plâncton caindo fica preso nessa fronteira,
unido-se a mais e mais plânctons à medida que eles vão para cima e para
dentro da zona”.
Estudos recentes indicam a importância do plâncton (especificamente do fitoplâncton) na captação de gás carbônico da atmosfera e na produção de oxigênio. Segundo tais pesquisas, o plâncton é a maior fonte de oxigênio, responsável
pela maior parte do mesmo na atmosfera. Porém, essa diversidade é
extremamente sensível a mudanças ambientais, como poluição e variações
de temperatura nos mares e oceanos.
Imagens de um plâncton
Referências:
FOUNTAIN, Henry. Pesquisadores desvendam formação de camadas de plâncton nos mares. Disponível em: Acesso em 16 fev. 2010.
YONEDA, N. T. Plâncton. Disponível em:
<http://www.anp.gov.br/brasil-rounds/round8/round8/guias_r8/perfuracao_r8/%C3%81reas_Priorit%C3%A1rias/pl%C3%A2ncton.pdf>
Acesso em 16 fev. 2010.
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